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A Apple está pronta para entrar em sua Era Metaverso

Adam Lienhard
Adam
Lienhard
A Apple está pronta para entrar em sua Era Metaverso

Em 5 de junho, a Apple fez sua entrada oficial no mundo do Metaverso com o lançamento dos fones Apple Vision Pro. Um aparato de cabeça de realidade aumentada e virtual que vem sendo desenvolvido há mais de uma década. O Vision Pro marca a primeira inserção da Apple numa nova categoria de produtos desde o Apple Watch, em 2015. O dispositivo foi exposto no WWDC 2023, em junho, e deve estar disponível para venda no começo de 2024.

Não é só um headset

Ainda que o Apple Vision Pro possa ser classificado como tal, a empresa prefere não se referir ao produto deste modo. Ao invés disso, ele é chamado de computador espacial, devido à sua capacidade marcante em integrar conteúdo digital ao mundo real.

O Apple Vision Pro é um headset de realidade mista que exibe realidade aumentada com o mundo real e conteúdo virtual totoalmente imersivo. Entretanto, é importante notar que o aparato não o permite ver além dele, o que significa que tudo a ser visto é digital.

Para exibir conteúdo de realidade aumentada sem fazer o mundo real desaparecer, a Apple usa câmeras que mapeiam os arredores e os traduzem em uma imagem digital que é, então, aumentada com elementos virtuais.

Apple x Meta x Microsoft

A competição no Metaverso não será fácil para a Apple. Agentes estabelecidos, como o projeto de Mark Zuckerberg e a Microsoft já entraram neste campo. Portanto, a Apple enfrenta muitos desafios.

A empresa pode enfrentar desafios significativos na distribuição de seu produto de Metaverso. De acordo com um relatório da Bloomberg de abril, a companhia inicialmente projetou uma venda de aproximadamente 3 milhões de unidades por ano, posteriormente revisando a estimativa para 900,000.

Esse ajuste foi necessário devido à dificuldade de outros fabricantes em atrair clientes. A HoloLens da Microsoft, por exemplo, relatou lutar para fincar o pé no mercado, cancelando planos para um novo modelo.

Meta, a companhia liderada por Mark Zuckerberg, é um exemplo de um negócio que vendeu aproximadamente 20 milhões de unidades do Quest. Entretanto, a companhia já começou a reduzir preços para tornar seu aparato mais atraente a potenciais compradores. Em março, o custo de seu headset de ponta foi baixado para U$500.

Em 1 de junho, Zuckerberg anunciou o lançamento do novo Meta Quest 3, com redução de 40% em espessura e desempenho gráfico em dobro, comparado ao modelo anterior.

Percepção pública

Há opiniões diferentes sobre o potencial sucesso da Apple. Palmer Luckey, um co-fundador da Oculus (de propriedade da Meta), tem expressado uma visão positiva, que pode levar a um impulsionamento das vendas da Apple.

Um antigo executivo de marketing da Apple, no entanto, tem uma visão mais pessimista, sugerindo que o aparato pode se tornar um dos maiores flops tecnológicos da história.

De qualquer forma, a escala de adesão de que a Apple precisa para justificar os custos – que a Bloomberg informou ter ultrapassado U$ 1 bilhão anualmente – é enorme.

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